
Ao observamos a obra Interior de pobres II , produzida por Lasar Segall em 1921, logo
percebemos que esta não esta nos padrões de beleza que muita gente acredita ser. Muitos diriam que este é um quadro “feio” e não lhe daria o tempo de parar e refletir sobre o mesmo.
De fato este é um quadro que não tem padrão algum com a beleza. Suas formas são
irregulares, os rostos não são perfeitos e a perspectiva não esta bem resolvida. Estas discussões abrem a questão: “O que é beleza afinal?”.
O belo foi um assunto muito falado nas aulas de Filosofia da Arte , pois este é um assunto
muito importante a ser discutido quando se trata da arte, do século XVIII até os dias atuais.
Em 1750 o alemão Baumgarten foi o primeiro a usar o termo estética para se referir a arte. A noção de estética, quando formulada e desenvolvida nos séculos XVIII e XIX, pressuponha: que arte é produto da sensibilidade, da imaginação e da inspiração do artista e que sua finalidade é a
contemplação; que a arte do lado do artista é a busca do belo (e não do útil nem do agradável o
prazeroso), do lado do público é a avaliação ou o julgamento de beleza atingido pela obra; e que
belo é diferente do verdadeiro.
De fato, a arte deixou de ser pensadas exclusivamente do ponto de vista da produção da
beleza para serem vistas sob outras perspectivas, tais como expressão de emoções e desejos,
interpretação e crítica da realidade social, atividade criadora de procedimentos inéditos para a
invenção de objetos artísticos, etc. Essa mudança fez com que a idéia de gosto e de beleza
perdessem o privilégio estético e que a estética se aproximasse cada vez mais da idéia de poética, a arte como trabalho, e não como contemplação e sensibilidade, fantasia e ilusão.
Enfim, esta idéia de julgamento de uma obra de arte faz com que a obra Interior de pobres II
seja um belo exemplo de como uma obra de arte pode ser boa mesmo não atingindo um padrão de beleza que muita gente acredita ser quando se trata de quadros.
REFLEXÃO PESSOAL DA OBRA
Ao olharmos atentamente a obra, remetemos em lembranças de sofrimento , carência e
pobreza. Devido as cores muito carregadas, predominantes tons de marrons e pretos podemos
reforçar esta conclusão. Esta é uma cena tipica do cotidiano de muitas pessoas no mundo, onde
encontramos pais de família desempregados, com poucas condições dar o alimento suficiente para a
família. E foi por conta disso que este quadro me chamou muito atenção. Este me fez lembra da
época que vivi com minha família por situações parecidas com as visivelmente expressas.
Outra coisa que me chamou bastante a atenção foi o olhar destas pessoas. Um olhar
deprimente, pedindo ajuda. De certa forma podemos relacionar estes rostos com os expressos em
Guernica de Picasso: rostos distorcidos e desesperados devido a guerra e ao sofrimento das
famílias. Percebe-se que a época em que ambas foram pintadas são semelhantes – são apenas dez
nos de diferença – prova de que o mundo passava por situações de guerras e pobrezas. Este foi um
assunto muito retratado por artistas da época.
Nos momento em que Segall pintou este quadro ele estava na Alemanha, que se recuperava do
impacto da Primeira Guerra Mundial. Com a popularização crescente da fotografia os artista não se
preocupavam com a perfeição das formas, e sim com a sentimento que ela iria nos remeter.
Ainda hoje, aproximadamente 90 anos que Segall pintou este quadro, esta continua a impactar o
publico com o tema que se percebe em qualquer parte do mundo.
Oooohhh!!! Muito bem!
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluirEssa foi minha discussão do trabalho de filosofia ^^'
bj
Muito bom,você escreve muito bem e sua reflexão sobre a obra esta perfeita,agora vejo que você não poderia ter escolhido um curso melhor.Parabens mesmo.
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